Willian,
Ana Raylander, Willian,Paço das Artes, São Paulo. Banho de Sol, 2023. Paletó bordado, utilizado pela Ordem dos Advogados Brasileiros – OAB (São Paulo) e marcas de longa exposição ao sol. 90 x 64 cm.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Primeira pessoa do singular, 2023. 100 x 10 cm. 31 versos na primeira pessoa do singular, como sujeito ou enunciador, retirados da canção Jesus Chorou (2002), dos Racionais MC’s.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Primeira pessoa do singular, 2023. 100 x 10 cm. 31 versos na primeira pessoa do singular, como sujeito ou enunciador, retirados da canção Jesus Chorou (2002), dos Racionais MC’s.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Superstição, 2023. Par de chinelos usados, cruzados e virados de cabeça para baixo. Numeração 41.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Vírgula, 2023. Escultura de aço doce acomodada no chão. 10 cm x 1 cm
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Vista da Exposição.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Para-luz, 2023. Grade de ferro, escultura de aço doce, e recortes de papel. 270 x 140 cm.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Teresas, 2023. 53 metros de teresas confeccionadas com roupas utilizadas pela artista nos últimos 10 anos ou doadas por casas de caridade. Dimensão variável.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Teresas, 2023. 53 metros de teresas confeccionadas com roupas utilizadas pela artista nos últimos 10 anos ou doadas por casas de caridade. Dimensão variável.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Willian da série Tribunal do Júri, 2023. Fotografia Back Light. 100 x 150 cm.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Vista da Exposição.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Vista da Exposição.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Vista da Exposição.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Vista da Exposição.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Vista da Exposição.
Ana Raylander, Willian, Paço das Artes, São Paulo. Vista da Exposição.
O Paço das Artes tem o prazer de anunciar e convidar você para Willian, a 7ª exposição individual da artista Ana Raylander Mártis dos Anjos no Brasil. Junte-se a nós para o programa público e lançamento do catálogo no dia 26 de agosto, a partir das 14:30h.
Ana Raylander (João Monlevade, MG, 1995) vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Em sua prática, ela busca estabelecer um diálogo entre a história coletiva e sua própria história, envolvendo grupos de pessoas em colaborações e experiências de aquilombamento. Com formação em palhaçaria, bacharel em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil) e em Arte e Multimídia pela Escola Superior Gallaecia (Portugal), entende seu trabalho como interdisciplinar e transversal. Ela tem usado o conhecimento da educação, da escrita, da performance e da brincadeira para discutir urgências em projetos de longo prazo. Recebeu a residência de pesquisa no MAM Rio (2021), a Residência de Arte Contemporânea no Instituto Adelina (2019) e o Prêmio de Residência EDP nas Artes do Instituto Tomie Ohtake (2018). Realizou o projeto “Coral de Choros” no Programa de Exposições do CCSP (2018) e o projeto “tão perto, tão longe” na Apexart – Nova York (2021). Em 2020, realizou a primeira pesquisa de artistas transmasculinos nas artes visuais, reunindo 90 nomes. Vem atuando também na produção de textos críticos e literários, tendo escrito para o Grupo de Crítica do CCSP por dois anos consecutivos; para o catálogo da exposição panorâmica da artista Cinthia Marcelle no MASP, para a intervenção da dupla Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. no MUPA e no Jornal Nossa Voz da Casa do Povo.
Ana Raylander apresenta a instalação Willian, na pequena sala do Paço, espaço que já foi, de fato, uma cela, em épocas obscuras da ditadura militar, e, agora, ocupada pela artista, procura-se reconfigurar códigos entre encarcerados do país. “Willian, é uma exposição que acontece cinco anos após a minha última individual (Coral de Choros) no Centro Cultural São Paulo, e ambos projetos partem do território conflituoso entre choro e masculinidade”, diz Ana. “Proponho ocupar um espaço inicialmente não usual do Paço das Artes, uma pequena sala de pé direito baixo e sem janelas, que geralmente é destinada ao educativo da instituição”.
Segundo o crítico, curador e pesquisador André Pitol: “Em Willian, Ana Raylander opera as dubiedades e as alterações de estado entre a forma natural da lágrima, o primeiro controle feito pela tatuagem e, por fim, a cristalização da imagem fotográfica que mais uma vez confronta o fluir daquele líquido, as energias e os sentimentos que ele carrega. Lágrima e fotografia são, afinal de contas, dois produtos compostos por água e sais, entre outros elementos. Nesse sentido, as lágrimas de Willian, tatuadas e retroiluminadas, não deixam de equivaler àprópria lógica fotográfica. O choro tatuado que também foi projetado. O encarceramento de Willian, materializado na lágrima fotografada, nas lágrimas cimentadas, nas teresas contorcidas por Ana Raylander, e a disposição desses objetos em um prédio que foi sede da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo – ou seja, a base do órgão que administra o encarceramento em massa dos marrons, entre eles Willian – são os elementos que reforçam o que Bonaventure Ndikung chama de paradoxo entre a hipervisibilidade e invisibilidade.”
TEMPORADA DE PROJETOS
A vocação experimental do Paço das Artes é constatada, principalmente, por meio da Temporada de Projetos, que foi criada com o objetivo de abrir espaço à produção, fomento e difusão da prática artística jovem. Concebida em 1996, a Temporada de Projetos teve sua primeira exposição realizada em 1997 e se tornou, nos seus mais de 25 anos de trajetória, a principal incubadora de jovens artistas contemporâneos do país.
Anualmente, a Temporada abre uma convocatória nacional selecionando projetos artísticos e um projeto de curadoria para serem desenvolvidos e produzidos com o respaldo do Paço das Artes. Os selecionados recebem acompanhamento crítico, a publicação de um catálogo sobre suas obras e um cachê de exibição. Desde seu surgimento, quando ainda era bienal (tornando-se anual em 2009), o programa possibilitou a emergência de inúmeros artistas, curadores e críticos, muitos deles presentes na cena artística atual, como Regina Parra, Nino Cais, Lia Chaia, Lais Myrrha e João GG.
Em 2014, o Paço das Artes lançou a plataforma digital MaPA, concebida por Priscila Arantes, que reúne todos os artistas, curadores, críticos e membros do júri que passaram pela Temporada de Projetos.
TEMPORADA DE PROJETOS 2023 (27ª edição)
Símbolos nacionais, heranças históricas, memória, contexto carcerário e as relações em ambiente virtual são os temas dos projetos selecionados pelo júri de críticos e curadores Guilherme Teixeira, Luciara Ribeiro e Mario Gioia.
A variação e a representatividade em diferentes vertentes da arte contemporânea são pontos de destaque da nova Temporada, exibindo trabalhos que abordam livremente as linguagens artísticas, têm personalidade e são inéditos.
Novo desde 1970, o Paço das Artes é considerado como referência nacional em arte contemporânea e no fomento à produção de jovens artistas, críticos e curadores – é uma instituição qualificada na reflexão da arte voltada ao que há de mais atual na cena nacional e internacional, tendo exibido mostras com obras de artistas como Nino Cais, Marina Abramovic, Claudia Andujar, Francis Bacon, Barbara Wagner, Tomie Ohtake, Bill Viola, Cildo Meireles, Christian Boltanski e Charly Nijensohn. Em 2020 a instituição completou 50 anos de uma trajetória audaciosa e fundamental na difusão da arte contemporânea no país.
A exposição tem como Patrono o Goldman Sachs.
A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, e Paço das Artes, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio institucional é das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence e TozziniFreire Advogados. O apoio de mídia é da JCDecaux e Nova Brasil FM e o apoio operacional da Kaspersky e Pestana Hotel Group.